Estes canários são a base de todas as demais cores lipocrómicas. Desenvolveu-se a partir do canário silvestre por falta das cores melânicas. Quando o factor "azul" está presente o amarelo torna-se amarelo-limão. A cor é comparável à da flor de girassol.
De onde vem o amarelo de nossos canários?
- Amarelo-Intenso
- Amarelo-Nevado
- Amarelo-Mosaico
Ele vem da ação de carotenóides, que são absorvidos através da alimentação.
Esses carotenóides, são divididos em 2 grupos ou seja, o beta-caroteno e a luteina.
O beta-caroteno sofre no intestino delgado a ação
da enzima caroteno dioxigenase e transforma-se em retinal e mais tarde
em retinol (vit. A) e não é o responsável, portanto pela coloração das
penas.
A luteina (carotenóide pertencente à classe das Xantofilas) passa por 4 etapas
distintas e é a responsável pela coloração da plumagem:
1ª etapa: absorção pelo intestino delgado e transporte até o fígado.
2ª etapa: formação da matériaprima no fígado (lipocromo).
3ª etapa: lançamento do lipocromo na corrente sangüínea com conseqüente coloração da
pele e depósito nesta, do excesso deste lipocromo.
4ª etapa: coloração das penas e plumas.
"Cada etapa acima descrita é
controlada por um gene específico".
Esse gene específico terá sua ação exacerbada pelo uso da luteina em suas várias fontes
(alpiste, ovo, espinafre, couve, brócolis, milho
amarelo, ...) e de certos "aditivos" (lipotrópicos, espirulina, carophyl
amarelo, ...),
desde que usados numa dosagem adequada que conforme já expus acima, acredito que a imensa maioria dos criadores o faz.
Porém, o quanto vai ser exacerbada a ação deste ou destes genes específicos envolvidos nas
quatro etapas, está diretamente relacionado ao seu potencial como gen, ou seja, ele que vai
determinar a quantidade de luteina que vai ser
absorvida, a qualidade do lipocromo que será formado, a quantidade que
vai ser usada na coloração da plumagem e conseqüentemente o excesso que
será armazenado no subcutâneo.
Se assim não fosse, todos os pássaros amarelos de um mesmo plantel, submetidos à mesma
alimentação, no mesmo período de tempo, seriam
idênticos em grau de pureza e teor quantitativo depois de terminado a
muda, e sabidamente isto não acontece em nenhum plantel no mundo.
Além disto há relatos na literatura que existem genes que não participam das etapas de
coloração, mas que interagem com estes e afetam a tonalidade do lipocromo.
Baseado no acima exposto e na minha experiência,
cheguei à conclusão que o diferencial é e sempre será a seleção
genética, e o que torna alguns criadores campeões e outros não, é a
prioridade dada pelos primeiros à "seleção" enquanto os outros estão
na constante busca de um alimento, "aditivo", ou outra coisa qualquer, que para eles, é o que pode operar milagres..
Sem comentários:
Enviar um comentário